O mês de julho não deu trégua para
os atletas. Dia 10 de junho prometia muitas surpresas agradáveis, começando
pelas dificuldades e desafios na 4º Volta da Represa de Mairiporã. Saímos de
São Paulo bem cedo, por volta das 6 horas estávamos nas proximidades da Fernão
Dias. A distância da Zona Norte até o local da largada é de aproximadamente
40km.
A arena foi montada no Bosque da
Amizade, onde a temperatura chegava aos 9°C, porém a sensação térmica era mais
baixa, devido a proximidade da represa. A retirada do kit foi rápida e
eficiente (estava separado, pois corremos pela Montevérgine, a qual nos
presenteou com uma inscrição em dupla), aliás uma camiseta de ótima qualidade
(nunca ganhei uma com aquele tipo de tecido).
Os atletas podiam escolher as
suas distâncias: 7km e 28km (solo) ou 2x14Km (revezamento); percursos com
começavam com asfalto, paralelepípedos e estradas de terra com subidas e
descidas por todo o percurso e inclusive bem íngremes e longas. Nós escolhemos o revezamento, onde o Marcão foi o
primeiro a sentir o tamanho do Desafio, principalmente entre os kms 8 e 9 para
que abria a primeira parte (subida longa e íngreme). Enquanto os atletas
largavam, os outros pares das duplas foram de Vans da organização para o trecho
de transição do revezamento.
Barragem Paiva Castro
Clube dos Funcionários da Associação Sabesp
Trecho final da 1º metade
Com 1:40’ de corrida, o Marcão
chegou ao ponto de transição dentro do Clube dos Funcionários da Associação
Sabesp, junto a Barragem Paiva Castro, um local com vista privilegiada para a
represa e me passou a pulseira amarela, certificado de que chegou até a metade
da prova e me informou com muito orgulho: “não andei em nenhum momento”;
palavras que guardei com muita atenção.
O frio neste lugar era grande,
portanto não abri mão de correr com duas camisetas. Comecei a corrida subindo
uma rampa curta e íngreme, passei por cima da barragem, virei a direita pela estrada
de asfalto até alguns kms a frente e em seguida começou a saga em correr pelas
estradas de terra com alternâncias de altimetria que o percurso me reservava.
Por várias vezes a vontade de caminhar assombrava a minha mente, mas as
palavras do Marcão fizeram adiar as tentativas, até que em uma “escalada” as
pernas começaram a queimar.
Ao terminar os trechos de estrada
de terra, ganhamos o asfalto da estrada e em seguida entramos pela cidade de
Mairiporã percorrendo ruas de paralelepípedos, o qual nos levou até um trecho
de terra e muitas pedras que levariam para o centro do Bosque da Amizade. Fomos a 34ª equipe masculina de 42, com o tempo líquido de 3:08’11”.