Está foi a primeira inscrição realizada em
2016. Concretizamos a nossa participação na primeira semana de janeiro. Como
deixar de participar do 4º Desafio 28 Praias? Nos aventuramos em setembro do
ano anterior, onde fomos desafiados a completar esta prova de tirar o fôlego
literal e visualmente, cada paisagem e cada subida e descida com direito a
cordas que parecem escaladas.
Neste ano apareceram algumas alterações no
regulamente entre elas: 1.4.4. Em caso de mau tempo, tempestades ou qualquer
fenômeno natural, para as categorias solo e revezamento 42 Km, a organização
reserva-se no direito de transferir a largada para o PC 01 – Caçandoca e
automaticamente, por questões de segurança e zelando pela integridade física do
atleta, o primeiro trecho, Praia da Tabatinga até Praia da Caçandoca estará
cancelado.
Largada na Praia de Tabatinga (Caraguatatuba)
Imaginem a dificuldade do trecho! No início nossa equipe eram
formadas por 5 integrantes, porém em virtude de forças maiores tivemos que
reduzir para trio, mas com direito a um staff, Marcelo. Treinamos durante os meses que antecederam o Desafio em provas
de longa distância e montanhas. Fiquei com o trecho 1 que era do Dr. Márcio
Rosa. A largada aconteceu às 7:30 na Praia de Tabatinga, saindo da areia e
pegando um pouco de asfalto até chegar a primeiras subida, que por sinal era
bem longa em estrada de terra. Não demorou e apareceram as famosas e temíveis
trilhas “Single-Track” com direito a desfiladeiros
e obstáculos naturais pelo caminho, subidas com e sem direito a cordas,
descidas em pedras, pinguelas, praias cinematográficas com areias fofíssimas, uma
lagoa natural formada na praia devido a maré cheia, rochas escorregadias e
cenários de tirar o fôlego de tanta beleza e dificuldades técnicas.
O legal da prova é que todos estão no mesmo barco e há companheirismo
entre os atletas, ninguém é deixado para trás, sempre há uma mão estendida para ajudar a superação das
dificuldades. Próximo a Praia do Simão, no 1º trecho, erramos a trilha e
perdemos 10 minutos entre descidas e subidas até reencontrar a trilha certa.
Completei o trecho da Largada até a Praia da Caçandoca (15,220km) em 02:43’31”. A Cris largou da Caçandoca com direito a
percurso difícil na distância de 5,300 km com direito a praia, trilha, estrada
de terra e travessia de rio que este ano a água chegava no pescoço dos atletas,
neste trecho o tempo de conclusão foi de 45’06 e não houve tempo para descanso,
pois a Dra emendou o trecho 2 (Maranduba até Lagoinha), encontrando pela frente
um percurso de praia com inclinação e areia fofa, considerada como nível médio,
porém a chuva e maré alta no decorrer da semana a transformou em nível difícil,
podemos acompanhar nesse trecho alguns atletas contundidos devido a inclinação
da areia. O tempo de conclusão neste trecho foi de 37’13”. O Marcão também
dobrou os trechos finais, sendo um deles o meu na edição anterior, percurso
considerado difícil devido as trilhas fechadas, obstáculos naturais, passagem
por rio e os escorregões no decorrer do caminho. O trecho entre a Lagoinha até
a Fortaleza foi feita em 1:33’35” com direito as paisagens lindíssimas. Mesmo
com a falta de descanso da longa viagem de Bento Gonçalves até Ubatuba, Marcos
Monaco não deu mole para o cansaço e venceu a última etapa (Fortaleza até a
Praia Dura) em 1:06’06”. Das 113 equipes mistas (quarteto) ficamos na 94º
colocação com o tempo de 6:45’31”, sendo que se estivéssemos inscritos como
trio misto teríamos conquistado a 26º colocação.
Voltaremos na próxima etapa em setembro, na mesma pousada e para
melhorar o tempo ou estrear na categoria solo 21km. Vamos esperar para ver.
A pousada é sensacional, as imagens abaixo são vistas da área do café que dá acesso a praia com direito a guarda-sol, cadeiras e um visual que recarrega o corpo e o espírito.
Praia do Sapê