"Só correndo a prova pra saber o que é, casca grossa geral, terra batida somente no 1º KM, isso porque tivemos que trotar 1,5 km para chegarmos na nossa área de largada, onde a organização se confundiu e caminhamos 500 metros a mais de subida para o ponto exato da nossa largada. Largamos atrasados, 30 minutos, debaixo de uma neblina absurda que fechou a vila, visibilidade de uns 50 metros no máximo, mas isso não me desanimou e por incrível que pareça sai na cola dos loucos da elite da prova num ritmo alucinante mantendo-me na 5º colocação e, quando o competidor da frente (que chegou em 4º lugar) perdeu os dois tênis no barro ultrapassei-o até o trecho do rio, onde o Tião e Ana estavam preparados para as fotos no final do rio gelado. Antes deste ponto tive que ultrapassar vários retardatários da prova dos 12 Km, que com certeza iriam desistir e desviar para a competição do circuito curto. Após uma subida íngreme saindo do rio havia uma pequena descida e, assim sim fui surpreendido mais uma vez, deparei-me com uma escada de uns 300 metros cachoeira acima, você chega a pensar que errou o caminho, se não tivesse um fiscal no meio da cachoeira gritando pra subir e tomar cuidado para não escorregar, não dava para vê-lo. Ao terminar a cachoeira com fortes dores enxerguei uma luz no alto e quando acho que não dá mais para subir, pego mais uma subida íngreme dentro da trilha chegando no ponto mais alto, numa clareira na mata ao lado de uma antena. A neblina estava dispersando e o sol tava presente, aí vem uma parte completamente louca também, parecia uma montanha-russa de subidas e descidas numa estrada que lembrava cânions cavados pelas motos, facílimo para quebrar perna também, este era o caminho de volta. Nesse estágio da prova comecei a administrar a energia nas subidas, andando nas mais íngremes e trotando nas leves, alternado com corridas nas descidas menos angulosas pois havia uma descida que mais parecia um escorregador de 20 metros pra baixo. Quando voltamos para a estrada de terra rumo à vila, eis que surge o 1º e único posto de hidratação, já havia sido ultrapassado por alguns competidores e calculava que estava entre 9º e 11º, o cansaço era tamanho que o cérebro não processava mais as coisas. Neste momento estava pressionado por 03 atletas numa guerra de escapadas e aceleradas que quem tinha perna ainda acompanhava, foi quando resolvi retomar o gás do último KM e deixar para traz os três, queria terminar entre os 10 primeiros no geral.
Final das contas, terminei em 11º no Geral e 3º na minha categoria, com o tempo de 01:03:42, além de dores até pra mexer os olhos, mas ainda melhor que a mulher que quebrou a perna na saída do rio." Enfim para aqueles que quiserem se aventurar estarei à disposição no próximo ano em Paranapiacaba ou senão nas próximas etapas do circuito:
16/04/2011 - II Etapa - Copa Paulista 2011 - São Sebastião - São Paulo
29/05/2011 - III Etapa - Copa Paulista 2011 - Santo Antônio do Pinhal - São Paulo
25/06/2011 - IV Etapa - Copa Paulista 2011 - São José dos Campos - São Paulo
03/07/2011 - Campeonatos Brasileiros Caixa - São Bento do Sapucaí - São Paulo
30/07/2011 - VI Etapa - Copa Paulista 2011 - Atibaia - São Paulo